segunda-feira, 27 de abril de 2009

Danou-se a paz ou, acredite, meu repente

O saculejo veio pra desandar
vieram as dívidas do crédito,
a viagem para o sertão,
a flor na multidão,
a amiga na contramão,
uma formiga na inundação,

balacobaco e confusão.

Foi Cristo Jesus que me inquietou,
porque fui falar que nem tudo é seu amor;
crucificaram-me em nome
da tempestade

anunciou-se que tá chegando, tá chegando meia-noite
e nada desta trepidação se pormenorizar de vez,
Adeus bom caminho dos letrados,
há tanta palpitação e exigência, talvez me reste paciência
E pra completar, meu quarto mudou-se para cá,
Nem sei mais pra onde olhar.

Peço clemência a mesma entidade que fez voar os ingressos da tarde latente,
Serei feliz logo quando avistar meu padim Ciço em solo quente.

5 comentários:

  1. eu acredito no seu repente entoado de inquietaçào, das intempéries do tempo de refazer, de ver em volta pedaços de desejos e dores de coração. eu vejo você artífice de uma nova terra, cavada e replantada com sementes que vêem de tão longe não é pequena princesa? muita calma, olhos flutuem em direções de ventos, mesmo que as bússolas se percam nos fluxos altos de marés, olhos saibam que o lugar é o que nos habita. eu sei da fertilidade de tuas terras, eu vejo daqui e dali. bjs (que poema mais lindo!)

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  2. uau. não conhecia teu veio poemeiro. e que sementes! é belo, é poesia, vivas e evoés!

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  3. Lindo seu repente.
    Um pouco de humor, saberdoria e criatividade para expressar todas aquelas inquietações e ansiedades que você dividiu comigo, nao é?

    Parabéns!

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  4. teus dizeres me significam muito....

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  5. Márlia,

    Acredito sim, repentista estudada.




    Beijos,






    Marcelo.

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