sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Escritos antigos

Combinar madrugada e sonhos, parece indicar pesadelos.
é o imaginário. Ele é feito fora de nós, por outros.

Pensamentos que querem livrar-se podem conseguir seu efeito.
E é que pensar não produz grandes feitos.

Dizem que são os ventos ou o acumulo de nada.
Poucas nuvens de nada pairam sobre uma cidade que dorme.
Aquilo que sentiria como o fardo, obedece a designação de sempre, foge.
O vento mais forte leva. E não tem nada voando, nem caminhando. O mundo deitado prepara-se para aturdir-se.

Ao escapar o lugar fica,
Difícil será ocupá-lo,
o momento do não sei.

Três segundos depois, já eram duas semanas para frente.
O sonho exige tempo,
A madrugada o tem, duas vezes antes do sono, ela vira paz.

Peso de Papel

A gente escreve sobre tudo.
E se vive sobre tudo, dias são matérias da vida.
E cada um deles é cheia, é maré.

Se quer transcrever o pedaço maior do que se sente e nunca se faz,
E mentes expandidas na loucura não retém nada.
Colocam tudo de si, Dizendo tudo, pouco explicado,
Carimbam um papel.

A folha poderia nem existir,
Fora branca,
Depois de tanto, virou cor.

E o peso era tudo o que um papel não poderia suportar,
Mas ele não dobra.
Vira a cabeça, mas não amassa.