domingo, 10 de janeiro de 2010

Ode

Funesto, de tão lento e arrogante

Pesado, parado, prejudicial

Pouco caso, para quase tudo,

Quase nada, querendo ser tudo

E era só uma gente, uma delas,



Empatando as entradas, as saídas

Dando nó.


Era meio caminho andado, pra nada andar

Meia palha seca, sem puder se queimar


O resto verde, separarei do seco e direi que deve estar vivo,

Estará


Até a palha desabar.


Coqueiro é coisa boa pra se gostar

Pensar que cada aba de seu troco foi folha

É pensar que nada passa à toa,

Tudo é destas coisas que ficam,

mesmo indo.

Um comentário:

  1. Existir no gerundio é dessas coisas deslubrantes por darem medo. A morte dos instantes, a passagem do tempo, o distanciamento do que já foi...tudo isso que a gente pensa sempre que está extremamente feliz ou extremamente triste e sente a grandiosidade e o misterio da vida correndo nas veias, essas coisas que tantos já pensaram, mas que é de um questionar-se infinito. O tempo é remédio que mata! E eu me apavoro com o passar dos ponteiros...
    Gosto do que voce escreve, me toca de certa forma!
    beijos :*

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